Insectos
Encolhe-te, insecto, para que te não rasgue as entranhas. Foge. Abandona-te, antes que esta minha mão te desfaça num ápice de nojo. Liberta-te, para que não saibas a dor que esse futuro que pode ser já te espera.
Irritas-me, insecto. Porque não explicas o que te faz zenir as asas. Incomodas-me com a tua extrema liberdade. A minha mão, olha a minha mão! Foge, antes que seja tarde. Ahhgg. Adeus, insecto.
Moscavide, 8/Setembro/98
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