11.5.06

...

Ontem foi um tempo que há-de vir. Hoje é momento que já foi. Amanhã é, agora mesmo, a hora certa. Percorrem-se, a passos largos, os ponteiros da vida. Ouve-se um som qualquer, intemporal. Respira-se ao de leve, sem que com isso a vida mude. Envelhecer, afinal, não é um mal pior que o mais terrível dos abandonos.
Passar as mãos pelas rugas da cara é um acto de coragem verdadeira. É perceber pelo tacto o que não se quis entender com os olhos.